Um estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorder, aponta para os impactos do diagnóstico tardio na vida das pessoas autistas. Os resultados indicam que ao mesmo tempo em que o diagnóstico pode ser um alívio ele pode trazer sofrimentos emocionais se não houver uma assistência pós diagnóstico.
O processo psicodiagnóstico coloca o paciente em contato com toda a sua história de vida, desde a infância até o momento atual, essas memórias podem desencadear emoções desagradáveis e pensamentos difíceis – pode ser um caminho doloroso revisitar a própria história – por isso, o suporte durante e pós diagnóstico é tão necessário.
Informações sobre como acessar serviços médicos e psicológicos da rede pública ou privada, solicitar benefícios de prestação continuada, atendimento prioritário nos estabelecimentos e demais direitos garantidos por lei, podem ser informados no momento da devolutiva ou durante uma psicoeducação no setting terapêutico.
É importante lembrar que o diagnóstico tardio do autismo contribui para que pessoas se conheçam mais, para que elas possam exercer o direito de “ser” quem elas são, para que elas tenham acesso a direitos que lhes são previstos por lei, para contribuir com a tomada de decisão clínica de outros profissionais e finalmente para que elas tenham ganhos na qualidade de vida.
Mas, para que os ganhos na qualidade de vida aconteçam, um diagnóstico não pode terminar em si, o suporte pós diagnóstico é necessário e fundamental.