Os sinais de ansiedade mais comuns em pessoas autistas, são aqueles relacionados às demandas sociais e sensoriais. Portanto, é bem difícil desatrelar ansiedade do TEA.
Entretanto, é importante lembrar, antes de mais nada, que ansiedade é uma emoção que se manifesta em todos os seres humanos, e ela tem uma importante função evolutiva – nos ensinar a reagir frente a estímulos que representam perigo ou ameaça à nossa sobrevivência – é por isso que o nosso cérebro aprende tão rápido a registrar situações negativas, para que a gente aprenda a evitar se meter em perigo outras vezes.
O fato é que, quando a ansiedade está associada as demandas sociais e sensoriais, uma questão primaria no TEA, controlar a exposição aos estímulos aversivos ou trabalhar com exposição gradativa em terapia pode ser uma tarefa bem mais difícil.
Mudanças no plano social, iniciar uma conversa com alguém desconhecido, receber uma ligação telefônica não esperada ou ser exposto a estímulos sensoriais aversivos são alguns exemplos de situações que podem desencadear ansiedade em uma pessoa autista.
Sendo assim, a regra de ouro para o início da psicoterapia com adultos autistas é o manejo da ansiedade, que envolve técnicas de psicoeducação, técnicas cognitivas e comportamentais de relaxamento, contagens mentais, exposição gradativa, mindfulness, treino de habilidades, entre outras técnicas que podem auxiliar na autorregulação emocional.
Atualmente as terapias mais indicadas pela American Psychological Association (APA) para o tratamento das ansiedades são:
- Terapia Cognitivo-Comportamental;
- Terapia de Aceitação e Compromisso;
- Terapia Comportamental.
Mas, é relevante destacar que ao trabalhar a autorregulação emocional com pessoas autistas, é primordial levar em consideração o perfil sensorial e considerar a terapia ocupacional como uma importante aliada.