Psicólogo Mayck Hartwig

Grupo terapêutico para adultos autistas

O Grupo Terapêutico que eu facilito se configura um espaço de compartilhamento de histórias e atravessamentos relativos a vida adulta. O encontros são estruturados a partir da Terapia Focada na Compaixão em Grupo (TFC-G). A TFC-G que facilito tem como objetivo promover um espaço para pessoas autistas se conectarem e potencializarem o senso de humanidade compartilhada.

O que é autocompaixão?

Autocompaixão é quando nós:

  • somos amigáveis com nós mesmos (bondade)
  • estamos cientes de nossos sentimentos e pensamentos (consciência consciente)
  • percebemos que todos experimentam a dor, sofrimento e cometem erros (humanidade compartilhada)

A autocompaixão está associada a muitos aspectos positivos da vida. Esses aspectos positivos incluem maior felicidade e bem-estar e níveis mais baixos de sintomas de depressão e ansiedade, comorbidades altamente prevalentes em pessoas autistas. 

Como a autocompaixão é relevante para adultos autistas?

Adultos autistas apresentam taxas mais altas de ansiedade e depressão. Pesquisas mostram que praticar a autocompaixão em pessoas não autistas pode melhorar sua saúde mental. Parto então do pressuposto de que cultivar a autocompaixão pode ser útil para adultos autistas. 

O que acontece nos grupos?

Os encontros do grupo terapêutico acontecem de forma totalmente remota, uma vez na semana e configuram-se encontros cujos temas a serem discutidos surgem na experiência do aqui-e-agora. Os participantes são livres para falar, se apresentar ou somente escutar o outro, até que se sintam a vontade para compartilhar sua experiência.

  • Os encontros do grupo acontecem pelo Google Meet;
  • A abertura de câmera e microfone não são obrigatórias;
  • No primeiro encontro os participantes preenchem uma escala para que identifiquem como eles se comportam em relação a si mesmos, e as sessões seguintes são livres.

Como ser mais autocompassivo?

Existem várias maneiras de melhorar a autocompaixão. A autocompaixão pode ser melhorada identificando e praticando comportamentos autocompassivos. Por exemplo, após situações de crise sensorial ou de desregulação emocional a pessoa autista pode praticar comportamentos autocompassivos que a ajudem a suavizar sensações desagradáveis desencadeadas pela crise. Outra maneira de melhorar a autocompaixão é registrando os pensamentos autocríticos que comparecem. Depois de conhecer melhor a maneira como você dirige sua fala interna a si, é possível praticar exercícios de auto bondade e auto generosidade.

 

Referências:

Brown, Lydia & Cai, Ru Ying. Cultivating Self-Compassion to Improve Mental Health in Autistic Adults. Autism in Adults. Vol. 3, No 3. DOI: https://doi.org/10.1089/aut.2020.0034

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